Publicado em 2 de novembro de 2021
No artigo anterior citei alguns motivos do “por que algumas pessoas não praticam a acessibilidade digital”, recebi um comentário bem interessante nas redes sociais e gostaria de compartilhar e agradecer a participação, o comentário cita a seguinte reflexão:
“Mas o interesse em acessibilizar não deve ser individual e interno?”
Sim, concordo plenamente, o interesse interno é imprescindível, o que observo é que realmente as pessoas que ainda não tiveram contato com pessoas com deficiência, fica mais difícil aprender a acessibilizar e perceber os impactos que ocorrem durante e após as práticas.
Infelizmente em alguns casos, essa percepção acontece apenas quando existe uma situação pessoal ou familiar de alguém adquirir uma determinada limitação.
Mas não precisamos esperar isso acontecer, podemos desenvolver o mindset construtivo em acessibilidade a qualquer momento, é necessário apenas decidir e querer realizar as práticas. E se já adquiriu alguma limitação será uma grande oportunidade de crescimento realizando as práticas da acessibilidade para todos.
Então a pergunta que faço é: “Como podemos desenvolver estímulos internos para acessibilizar?”
Um dos pontos mais sério é saber se está aberto(a) ao novo e ao diferente, é ter “Abertismo”. Conheço pessoas que não conheciam indivíduos com limitações e começaram a se interessar pelo assunto, na mesma semana teve acesso a um cadeirante. Se não estivermos abertos criamos barreiras e as pessoas não chegam até nós.
A pergunta que podem fazer é “Mas por que vou querer conhecer pessoas que tenham limitações?”
A melhor forma de aprender a acessibilizar é conviver com as pessoas que possuem limitações. As práticas ficam mais claras e percebemos nas práticas os efeitos que ocorrem para todas as pessoas.
É um paradoxo, mas quanto saímos de nós, ou seja, ver a necessidade do outro, mais nos conhecemos profundamente e nos beneficiamos com isso. Ficamos mais “humanos” e menos “máquinas”, é muito fácil cairmos na armadilha da robotização, onde não olhamos o que está em nossa volta, perdendo oportunidades de aprender e avançar com todos.
A dica é “Esteja aberto(a) a conhecer pessoas.”; “Perceba em sua volta, tem alguém que necessita de acessibilidade?”, se não souber como acessibilizar, pergunte a própria pessoa: “Precisa de ajudar?” e “Como posso ajudar?”.
Fica a dica para quem quer desenvolver o MCA e perceber os benefícios das práticas acessíveis.
“Permita-se conhecer pessoas, se aproxime!”
Vamos praticar?
Fabiane Cattai{
Especialista em Acessibilidade Digital
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