Publicado em 26 de outubro de 2021
Neste artigo citarei alguns pontos importantes para o desenvolvimento do mindset construtivo em acessibilidade (MCA) e como podemos através de reflexões, perceber o valor nas práticas em acessibilidade digital.
Em minhas experiências profissionais e pessoais, observo que o fato das pessoas não praticarem a acessibilidade digital em seu cotidiano são:
1) Desconhece pessoas com algum tipo de deficiência ou limitação específica, não percebendo a necessidade das práticas;
2) Conhece pessoas com deficiência, mas não sabe como as mesmas utilizam as tecnologias, às vezes nem a própria pessoa que possui a limitação sabe da existência das tecnologias assistivas para auxílio no uso do computador, tablet ou smartphone;
3) Pessoa que conhece, mas não acha que com as práticas, terão impacto em seu cotidiano, por isso não as praticam;
4) Conhece as práticas em acessibilidade digital, mas fica desmotivada pela quantidade de ações a serem realizadas.
Podemos refletir sobre cada situação citada acima, para que possamos ter novas perspectivas em relação as práticas digitais acessíveis:
1) O fato de não conhecermos pessoas com deficiência ou alguma limitação, não precisa ser um impeditivo em realizar as práticas acessíveis. Pensamos em nosso meio, se conhecemos, por exemplo uma pessoa idosa. Essa pessoa tem alguma limitação? Por exemplo, dificuldade cognitiva, perda de memória ou dificuldade de leitura. Nestes casos em específico, podemos inserir “áudios” ao invés de “texto”, isso ajudariam a se sentirem incluídos no meio digital.
2) No caso de conhecer pessoas com limitações, mas não saber como as mesmas usam os equipamentos, podemos ir atrás dessas informações. Uma opção é procurar em sites de busca quais são as tecnologias assistivas utilizadas para a limitação identificada. Outra forma é encontrar instituições que façam serviços de reabilitação, capacitação ou treinamento. Enfim, procurar especialistas na área, pode ser a melhor opção. A tecnologia avança a cada milissegundo é preciso atualizar-se sempre!
3) No caso de saber como fazer as práticas e não realizarem, é quando as pessoas acham que precisam ver o resultado imediato. Como por exemplo, o simples fato de descrevermos imagens nas redes sociais, podem atingir apenas no Brasil, mais de 500 mil pessoas. Podemos pensar “Não tenho amigos cegos”, porém existem técnicas que realizamos, como por exemplo o uso de #ParaCegoVer podendo acessar diversas pessoas com cegueira nas redes sociais. Com essas ações possibilitamos que as pessoas que não enxergam tenham oportunidade de igualdade.
4) É comum ficarmos desmotivados quando entramos em contato com a acessibilidade digital, são inúmeras práticas que são importantes realizarmos. Mas o que recomendo é que começamos, pois cada ação que fizermos podemos quebrar uma barreira para determinada pessoa. São nas pequenas tarefas que iremos ver os melhores resultados, um passo de cada vez, então por que não começar?
Podemos ter outras motivações, mas essas são as que já tive algum contato. O mais importante é percebermos o valor de cada prática realizada.
Se conseguirmos atender pelo menos uma pessoa, todo o esforço realizado já valeu a pena. Valorizemos os pequenos passos para chegarmos na inclusão de todos nos meios digitais, esse é o PROPÓSITO!
Que tal irmos juntos?
Vamos acessibilizar?
Fabiane Cattai{
Especialista em Acessibilidade Digital
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